Era para ser apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), mas a violência e reincidência da mulher que promoveu destruição nas lojas Calypso Vest de dois shoppings centers de Belém fez o delegado da Seccional da Marambaia encaminhar a “Loura” para o Centro de Recuperação Feminino de Ananindeua na noite de ontem.
Há três dias Lia de Oliveira Carvalho, de 23 anos, vem querendo chamar a atenção contra a banda Calypso. Foram três visitas na loja Calypso Vest e várias ameaças contra os funcionários das lojas.
A primeira visita aconteceu no sábado passado na loja do shopping Pátio Belém. Ela experimentou as roupas e disse que sairia da loja sem pagá-las por causa de um dinheiro devido pela banda a ela. “Vou levar as roupas, sem pagar. A Joelma me deve dinheiro e as roupas vão ser o pagamento”, disse a um funcionário da loja. Detida pelos seguranças e funcionários do shopping, Lia ameaçou de morte os funcionários. “Podem me prender, senão eu volto e mato alguém”. O primeiro caso foi levado para a Seccional da Sacramenta, mas ela foi liberada. Dentro da bolsa da agressora foram encontrados uma tampa de panela de pressão e copos de vidros que foram jogados na loja.
DESTRUIÇÃO
Não satisfeita, Lia retornou à loja na segunda-feira e tentou explicar o caso para a gerente, mostrando documentos. “Aqui estão os documentos. Eles me devem por uma coreografia que eu fiz”. Sem entender nada, a gerente não deu atenção às ameaças.
Na terceira visita, realizada ontem, desta vez na Calypso Vest do shopping Castanheira, Lia promoveu muita destruição. “Quebrou computadores, vitrines e ameaçou novamente de morte os funcionários. Dessa vez, a agressora levou pedras e uma garrafa de vidro “usada para a defesa ou para matar quem aparecesse na frente ”, segundo declarou.
Para o delegado Sinélio Ferreira, da Seccional da Marambaia, o motivo que a levou cometer a infração foi uma suposta dívida por causa de uma coreografia. “Ela disse que aos 13 anos, ela teria feito uma coreografia de patins. E os integrantes da banda teriam passado a usar sem autorização. Como está desempregada veio cobrar a dívida”.
A infração da mulher seria apenas mais uma ocorrência policial se não fossem as ameaças confirmadas por Lia. “Ela repetiu várias vezes que queria ser presa e iria matar alguém”, disse o delegado. “Se eu matar um funcionário, eu obrigaria a Joelma a pagar indenização para a família da vítima”, revelou a agressora ao delegado.
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